
"01/06/2009
Consumo de carne está ligado à destruição da Amazônia, diz Greenpeace
Fiona Harvey e Jenny Wiggins Em Londres Jonathan Wheatley Em São Paulo
A destruição da floresta Amazônica para abrir caminho às fazendas de gado foi pela primeira vez associada aos padrões de consumo de carne e couro no mundo desenvolvido, de acordo com ativistas ambientais.A criação de gado é a causa mais importante do desmatamento da floresta tropical no Brasil. O lucrativo negócio produz carne para atender aos novos gostos dos consumidores mais ricos de economia emergentes como a China e a Índia, assim como para mercados há muito tempo estabelecidos, como a Europa e os EUA.As exportações do setor geram mais de US$ 7 bilhões por ano para o Brasil, um número que o governo quer dobrar.Um relatório publicado hoje pelo grupo ambientalista Greenpeace estabelece uma ligação entre o avanço das fazendas de gado na Amazônia e os produtos - principalmente carne e cosméticos - vendidos por supermercados e marcas de luxo.Algumas companhias citadas pelo relatório como possíveis receptoras de produtos de áreas desmatadas disseram ao "Financial Times" que iriam rever suas políticas em relação aos fornecedores.As preocupações levantadas pelo relatório também refletem um desejo cada vez maior dos consumidores de saber a procedência dos produtos que compram, o que aumentou por conta dos temores recentes em relação aos alimentos.A Unilever disse que lançaria um "auditoria de procedência" para garantir que nenhum de seus produtos venham de áreas desmatadas, apesar de já ter um código de conduta para seus fornecedores.A rede de supermercados Waitrose disse que examinaria as provas do Greenpeace e "conduziria uma investigação minuciosa" se necessário.A Tesco disse que seus produtos de carne vêm de áreas localizadas a 3.000 quilômetros da Amazônia.A Kraft Foods disse que só comprou carne do Brasil para produtos vendidos localmente na Itália, e suas compras mundiais representam menos de 0,2% da produção total de carne do Brasil.A marca de bens de luxo Prada negou comprar couro brasileiro. Segundo ela, "o couro brasileiro é de muito baixa qualidade para nós. Nossos especialistas são capazes de perceber a diferença."O Greenpeace está pedindo que as companhias que têm ligações com o Brasil estabeleçam políticas para assegurar que nenhum dos produtos que vendem venham de áreas desmatadas.A rede varejista Marks and Spencer disse que tem procedimentos para assegurar que sua carne venha apenas de fazendas específicas, com animais marcados e carcaças com selos em todos os estágios.Outros supermercados contatados pelo FT disseram que seus fornecedores assinaram contratos garantindo que sua carne não vem da Amazônia.Todavia, o Greenpeace sustenta que muitos desses contratos não passam de "exercícios de preencher formulários" e os distribuidores não têm procedimentos adequados para garantir que as condições do contrato são cumpridas.A maior parte do setor de exportação de carne do Brasil é administrada por um pequeno número de companhias. Três delas, contatadas pelo FT, não responderam à reportagem. Uma quarta, a Bertin, processadora de carne e couro, disse: "Estamos caminhando na direção de métodos mais sustentáveis e esta é a tendência de todo o setor".A International Finance Corporation, que forneceu financiamento para a Bertin, disse: "Tem havido progressos, mas ainda existem desafios".Pessoas que conhecem bem a situação dizem que os problemas sérios persistem. Um executivo do setor, que pediu para não ser identificado, disse: "O maior problema é controlar o comportamento dos fazendeiros. Vários produtores não têm nem mesmo propriedade legal sobre suas terras".O texano John Carter, que é fazendeiro no Mato Grosso, no sul da Amazônia, disse: "Simplesmente não há dúvida de que a produção de carne migrou para a Amazônia". "
Fiona Harvey and Jenny Wiggins in London Jonathan Wheatley in São Paulo
The destruction of rainforest to make way for cattle ranches was first associated with the consumption patterns of meat and leather in the developed world, according to activists ambientais.A cattle is the most important cause of deforestation in the rainforest Brazil. The lucrative business produces meat to meet changing consumer tastes richer economy such as China and India as well as for markets have long established as Europe and the EUA.As sector exports generate more than $ 7 billion per year to Brazil, a figure the government wants dobrar.Um report released today by environmental group Greenpeace establishes a link between the advance of cattle ranching in the Amazon and the products - meat and cosmetics - sold by supermarkets and luxury brands . Some companies cited by the report for possible placement of products from deforested areas told the Financial Times it would review its policies towards the fornecedores.As concerns raised by the report also reflects a growing desire of consumers to know the origin of products buying, which has increased because of fears over the recent alimentos.A Unilever said it would launch an "audit of origin" to ensure that none of their products come from deforested areas, despite having a code of conduct for its suppliers . The supermarket chain Waitrose said it would examine the evidence from Greenpeace and "conduct a thorough investigation" if appropriate.The Tesco said its meat products come from areas within 3000 kilometers of Amazônia.A Kraft Foods said it only bought meat Brazil to products sold locally in Italy, and its global purchases represent less than 0.2% of total production of meat from Brazil and the brand luxury goods company Prada denied buy Brazilian leather. According to her, "the Brazilian leather is of very low quality to us. Our experts are able to tell the difference." Greenpeace is asking the companies that have ties with Brazil to establish policies to ensure that none of the products they sell come from areas desmatadas.A retailer Marks and Spencer said it has procedures to ensure that their meat comes only from specific farms, animal carcasses and marked with stamps from all estágios.Outros supermarkets contacted by the FT said their suppliers have signed contracts guaranteeing that their meat comes from Amazônia.Todavia, Greenpeace contends that many of these contracts are nothing more than "exercise of filling out forms and distributors do not have adequate procedures to ensure that the conditions of the contract are cumpridas.A most of the export sector of meat Brazil is run by a small number of companies. Three of them, contacted by the FT did not respond to the entry. A fourth, Bertin, processing of meat and leather, said: "We are moving toward more sustainable and this is the trend throughout the industry." The International Finance Corporation, which provided funding for Bertin, said: "It been made, but challenges remain. "People who know the situation say that serious problems persist. One industry executive, who asked not to be named, said: "The biggest problem is controlling the behavior of farmers. Many producers do not even have legal ownership over their lands." Texan John Carter, a rancher in Mato Grosso, the southern Amazon, said: "There is simply no doubt that meat production has migrated to the Amazon"
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/fintimes/2009/06/01/ult579u2826.jhtm
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