Metano de origem agrícola na mira de entidades internacionais.
Dentro de uma série de artigos sobre outros gases de efeito estufa, que não o CO2, o Journal de L'Environnement - JDLE (publicação on-line dedicada ao meio ambiente) volta-se sobre o segundo "grande contribuinte" para o efeito estufa, descrito no Protocolo de Quioto, o metano. Mesmo que as emissões sejam ainda pouco numerosas, ações e medidas estão sendo desenvolvidas para reduzi-las.
O metano tem um poder de aquecimento 22 vezes superior ao CO2, e participa com aproximadamente 16% das emissões de gás de efeito estufa mundiais. A agricultura constitui uma das principais fontes, com 50% das quantidades emitidas. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que data de 2003, se as emissões agrícolas aumentarem proporcionalmente ao número de animais de criação, poderão, daqui a 2030, sofrer um aumento de 60%.
Contudo, conforme um relatório do terceiro grupo de trabalho do Grupo de Experts Intergovernamentais sobre a Evolução do Clima (Giec), modificações nas práticas de alimentação e de gestão das dejeções animais são susceptíveis de frear esse aumento.
A cultura do arroz, fortemente desenvolvida na Ásia, contribui com 10,3% das emissões de metano de origem agrícola, e a digestão entérica (arrotos (eructações) e flatulências) e as dejeções agrícolas com, respectivamente, 28,7% e 3,9%. Além da metanização, que permite utilizar esse gás para produzir energia, medidas políticas e soluções técnicas são perspectivadas para reduzir as emissões na fonte.
É o caso na Nova Zelândia, onde o metano oriundo das criações de ovinos e de bovinos contribui com 50% das emissões de gás de efeito estufa do país. O governo, em 2003, quis introduzir uma taxa sobre as flatulências e arrotos, a fim de financiar as pesquisas para a redução do metano. Mas essa "fart tax" tendo sido rejeitada em bloco pelo setor agrícola, a idéia foi abandonada. Contudo, Helen Clark, primeiro-ministro do arquipélago, afirmou em junho de 2007 sua determinação de que o país se torne o líder internacional da luta contra as emissões de gases pastoris.
Por outro lado, na Austrália foi feito um estudo sobre o desenvolvimento de uma vacina antimetanogênica, e, no Reino Unido, foi lançado um programa governamental para propor modificações no regime alimentar de vacas, por exemplo, utilizar uma pastagem mais rica em açúcar que facilite a digestão.
Um outro meio para diminuir as emissões de metano é a redução do arrendamento de gado (os lucros são divididos entre arrendatário e criador). Assim, na União Européia, as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) levaram a uma diminuição de 10% entre 1990 e 2003, e as emissões de metano baixaram, igualmente, 10%. O Acordo de Luxemburgo, de 2003, ligado à reforma da PAC poderia levar a uma redução de 6% das emissões entéricas de metano daqui a 2015, mas existem obstáculos, como a falta de estímulos junto aos agricultores e os custos importantes ligados ao controle e à gestão das reduções de emissões.
Está em curso iniciativa internacional que visa reduzir as emissões de metano, através de projetos entre países ditos industrializados e países em desenvolvimento. Methane to Markets, lançado em 2004 nos Estados Unidos, é, por exemplo, um dos projetos relacionados com a gestão de dejetos animais.
Journal de L'Environnement - JDLE, 09 septembre, 2007 (Tradução - MIA).Nota do Managing Editor: as ilustrações desta notícia não constam do texto original. Foram obtidas em
http://www.google.com.br/.http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2007/lqes_news_novidades_1023.html
Methane from agricultural sources in the sights of international organizations.
Within a series of articles on other greenhouse gases, not CO2, Journal de L'Environnement - JDLE (online publication dedicated to the environment) turns on the second "big contributor" to global warming described in the Kyoto Protocol, methane. Even if emissions are still too few, actions and measures are being developed to reduce them.
Methane has a heating power of 22 times greater than CO2, and participates with approximately 16% reduction in greenhouse gas emissions worldwide. Agriculture is a major source, with 50% of the quantities issued. According to estimates by the United Nations Food and Agriculture Organization (FAO), which dates from 2003, if agricultural emissions increase with the number of livestock, may, in a 2030, be increased by 60%.
However, according to a report of the third working group of the Intergovernmental Group of Experts on Climate Change (IPCC), changes in feeding practices and management dejeções animals are likely to slow this increase.
Rice-growing, highly developed in Asia, accounts for 10.3% of methane emissions from agricultural sources, and enteric digestion (burping (eructation) and flatulence) and agricultural dejeções with respectively 28.7% and 3 9%. In addition to digestion, which allows you to use this gas to produce energy, policy measures and technical solutions are envisaged to reduce emissions at source.
Is the case in New Zealand, where the methane comes from the creations of sheep and cattle accounts for 50% of emissions of greenhouse gas in the country. The government, in 2003, wanted to introduce a tax on flatulence and belching, to fund research to reduce methane. But this "fart tax" was rejected en bloc by the agricultural sector, the idea was abandoned. However, Helen Clark, Prime Minister of the archipelago, said in June 2007 its determination that the country will become the international leader in the fight against greenhouse gas emissions pastoris.
On the other hand, Australia has done a study on the development of a vaccine antimetanogênica, and the United Kingdom, released a government program to propose changes in the diet of cows, for example, use a pasture richer in sugar to facilitate digestion.
Another way to reduce methane emissions is to reduce the accommodation of livestock (the profits are split between tenants and creator). Thus, the European Union, the reforms of the Common Agricultural Policy (CAP) led to a decrease of 10% between 1990 and 2003, methane emissions dropped, also 10%. The agreement in Luxembourg in 2003, linked to the CAP reform could lead to a reduction of 6% of enteric methane emissions from now to 2015, but there are obstacles such as lack of incentives by farmers and the capital costs associated with control and the management of emissions reductions.
Is ongoing international initiative that aims to reduce methane emissions through projects between industrialized countries and said developing countries. Methane to Markets, launched in 2004 in the United States is, for example, one of the projects related to the management of animal waste.
Journal de L'Environnement - JDLE, 09 septembre, 2007 (Translation - MIA). Managing Editor's Note: The illustrations in this report are not included in the original text. Were obtained in http://www.google.com.br/.
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2007/lqes_news_novidades_1023.html